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A doença pulmonar obstrutiva crónica (português europeu) ou crônica (português brasileiro) (DPOC) é um tipo de doença pulmonar obstrutiva caracterizada por diminuição prolongada do calibre das vias aéreas respiratórias e destruição do tecido pulmonar. Entre os principais sintomas estão falta de ar e tosse com produção de expectoração. A DPOC é uma doença progressiva, o que significa que geralmente se agrava com o decorrer do tempo. A partir de determinado momento começam-se a verificar dificuldades em realizar atividades do dia-a-dia, como subir escadas. Bronquite crónica e enfisema são termos antigos usados para denominar diferentes tipos de DPOC. O termo "bronquite crónica" é ainda hoje usado para definir uma tosse produtiva que se manifeste durante pelo menos três meses por ano e ao longo de dois anos.
A inalação de fumo de tabaco é a causa mais comum de DPOC. Outros fatores de risco, como a poluição do ar e a genética, são menos significativos. Em países desenvolvidos, uma das fontes mais comuns de poluição do ar é a má ventilação de fontes de aquecimento e de queima de combustíveis. A exposição prolongada a estes irritantes causa uma resposta inflamatória nos pulmões, o que provoca um estreitamento das vias aéreas e a destruição do tecido pulmonar. O diagnóstico tem por base a medição do fluxo respiratório através de testes que avaliam a função respiratória. Ao contrário da asma, o estreitamento das vias aéreas na DPOC não melhora significativamente após a administração de um broncodilatador.
A maior parte dos casos de DPOC pode ser evitada diminuindo a exposição aos fatores de risco. Entre as principais medidas estão a diminuição da exposição ao fumo do tabaco e a melhoria da qualidade do ar. Embora o tratamento possa atrasar o agravamento, a doença não tem cura. O tratamento inclui deixar de fumar, a vacinação, a reabilitação respiratória e, em muitos casos, a inalação de broncodilatadores e corticosteroides. Em algumas pessoas pode ser benéfica a oxigenoterapia de longo prazo ou um transplante de pulmão. Em pessoas que manifestam períodos de agravamento agudo, podem ser necessárias a hospitalização e uma maior quantidade de medicamentos.
Em 2013 a DPOC afetava cerca de 329 milhões de pessoas, o que corresponde a cerca de 5% da população mundial. Geralmente ocorre em pessoas com mais de 40 anos de idade e afeta em proporção idêntica homens e mulheres. Em 2013, a doença foi responsável pela morte de 2,9 milhões de pessoas, um aumento em relação às 2,4 milhões em 1990. Mais de 90% destas mortes ocorrem em países em vias de desenvolvimento. Estima-se que o número de mortes venha a aumentar devido ao aumento de número de fumadores nos países em desenvolvimento e ao aumento da população idosa em muitos países. Em 2010, a doença implicou um custo económico estimado de 2,1 bilhões de dólares.